a minha localização

Para aqueles que estavam tristes e ou preocupados que eu estava longe, esta fotografia responde a todas as vossas dúvidas. 
Angola não é longe, aliás é bem perto... fica mesmo aqui no MUNDO! Por isso não fui para longe. 



Beijinhos em direto desde Angola, Mundo!

A verdadeira picada de mosquito / the ultimate mosquito bite.

                Parte do kit de sobrevivência de sangue doce em áfrica é repelente de mosquitos. Se funciona?! Digamos que é capaz, vamos acreditar que sem ele seria pior. Eu como não devo ser um pitéu não tenho sofrido muito, até dois dias atrás quando em pleno dia dentro do escritório um ser vivo saciou a fome na minha pele.
                Agora, o mudus operandi, de um mosquito não é este… a hora da refeição é ao nascer, e pôr-do-sol sendo que durante toda a noite é hora da ceia, o truque é dormir com rede ou em locais com ar condicionado com temperaturas baixas.
                Efeitos: alguns segundos após a picada sente-me uma comichão, imediatamente fica um empolado branco, sendo que o diâmetro varia de pessoa para pessoa, mas ronda 1cm. Se aplicar algo desinfetante ou fresco de imediato não deve dar muitas chatices, apenas uma pequena marca, caso contrário, este é resultado:
No dia anterior tinha um pequeno hematoma mas passou. O que não passa é a comichão e uma pequena dor no músculo quando se move.
O maior problemados mosquitos é quando estes são fêmeas;) e depositam os filhotes dentro da pele, na generalidade o único perigo é as águas estarem contamindas e eles serem portadores de doenças. 


E pronto isto é tudo que eu sei e que até agora experimentei. : ) 

Um brownie africano,

             
  Hoje reafirmei o sentimento de que há coisas simples e pequenas que nos fazem felizes. Foi dia de estrear os meus dotes culinários por estas bandas… um verdadeiro desafio aos intestinos … agora resta esperar. : )

O ‘povo’ votou positivamente.

25 de Abril, 1º febre

                Este é o dia em que os portugueses celebram a liberdade mas também o dia onde muitos lembram a realidade de uma doença que mata - Dia Internacional da Malária. Como vocês, eu muitas vezes ouvi falar nesta e outras doenças tropicais, mas viver a realidade é muito diferente, e na primeira pessoa vos conto:
                Aproximadamente das 4h da manhã acordei com um alerta vermelho… intestinal:). Mas todos os mecanismos de resposta foram ativados, pois como já sabia que isto mais tarde ou mais cedo faria parte do pacote de viagem, nada de pânico.
                Duas horas depois, despertava para a minha rotina diária.
 No mata-bicho (pequeno-almoço) por não me sentir bem, ficou decido que ficaria em casa, por isso retornei ao leito, despertei novamente às 8.30, por sentir que o gerador se tinha desligado e por me estar a sentir pior e quente.
Preparem-se pois aqui começa o circo!!!  Cá, nada funciona sem gerador, ou seja sem gerador não há luz, logo não há ar condicionado, assim como não há água. Enquanto todos estes recursos essenciais não existiam … o que começou a abundar foi a febre, nem foi preciso o termómetro para perceber que eu estava a arder, comecei a sentir as pernas a levitar!
Assim, eu, que me chamo aventureira e digo ser este um dos meus sonhos, fiquei apenas acompanhada pela minha cabeça a ferver de febre. A minha mente tornou-se num palco e eu só pensava nos milhares de doenças que abundam neste país. Sem água, sem luz e sem ar condicionado comecei a pensar e perceber o quão débeis somos, começei ao pensar nos milhares de crianças e adultos que sofrem neste calor infernal de febres altíssimas, e que vivem aterrorizados pela morte, por não terem recursos de a combater, chorei! Só eu sei o quanto supliquei ao meu Deus por saúde.
Com um pouco de senso comum molhei uma toalha na água engarrafada e fui tentando combater a febre. Foi uma longa manhã, que só terminou quando depois de identificados os sintomas, a abençoada da minha colega veio para casa, me deu um banho com baldes de água fria e me obrigou a comer o pãozinho e, claro está, da praxe uma coca-cola : ) Isto com mais uns comprimidos fez de mim uma mulher nova! Aqui tudo é fulminante, tão rápido vem, como vai, e por isso rapidamente voltei a rotina.
Não sei o que seria de nós sem comprimidos, sem água, sem luz e afins, queria tanto que vocês pudessem sentir gratidão pelas coisas que temos. Ouvimos tantas vezes que está difícil e acredito que muitos, nos países desenvolvidos mas em crise, não tem todas as coisas básicas, mas se tu hoje podes desligar o computador, a luz que não falta e deitar-te numa cama confortável de barriga cheia, e a confiança de que cuidarão de ti quando estiveres doente, então agradece e sorri, pelo menos hoje.
beijinhos  já com algumas saudade

(atenção eu tenho todos os cuidados necessários não ‘paniquem’… mas pensem nisto) 

fresh fish




Hoje é dia de festa, o papá e o mano fazem anos, como tal mesmo a centenas de KM vou festejar, para isso vamos ao mercado do peixe fresquinho, onde o que há é o que se quer e não o que se quer é o que há! Fizemos o percurso que seria ideal para o meu paizinho conduzir e a minha mama ficar descansada...  pois adormecer ao volante não seria mais problema nenhum. 

Já embalados chegamos a praia, esta é chamada o cemitério dos barcos... colossais navios, hoje jazem na costa enferrujados servindo apenas de abrigo para os animais marítimos.
Mas esta praia não é só cemitério de barcos, na costa morre também muito peixe, camarão, lagosta e afins. Depois de negociar, trouxemos camarão, lagosta e também o que nos foi vendido como perca (eu só sei que era grande) por 19000Ks que são 190 dólares. Para além de tudo isto, pareceu-me que esta praia é também um cemitério de gente. Hoje vi o meu primeiro morto. Um grupo de homens estava sentado no barco enquanto outro estava deitado na área só em calções com  cabeça coberta, e não,  não estava a descansar, estava mesmo morto,. Não faço ideia do que aconteceu, nem do que estavam a espera mas morto ele estava.
* * *
Pela primeira vez na minha vida cortei corninhos... às lagostas : ), ajudei a lava-las e lavar o camarão. Assisti a limpeza do peixe, mas ainda não é desta que tenho coragem de ser eu a arranjar um fígado do tamanho da minha mão e umas guelras que davam duas voltas ao pescoço : )
 



E assim será a minha festa dedicada ao meu paizinho e ao meu irmão que hoje completam mais um ano de vida :) Parabéns a eles seja em portugal,seja cá.

beijinhos







Para fugir ao transito nada melhor que um atalho :) ora aqui está a nossa montanha russa :).

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Today we decided to take a short cut to avoid traffic, and we got a ride on a roller coaster.  : )




Meus e minhas tugas,

O prometido é devido, depois de travada uma batalha com a Internet consegui criar o blog para que estejam a par da minha conquista e de todas as aventuras que por aqui já se passaram e vão passar.

Em primeiro lugar, estou muito feliz!!!

Hoje celebro o meu 6º dia em África, para os que já receberam os poucos email's que subjugaram a lentidão e falhas de internet africana já sabem que estes poucos dias foram preenchidos com muitas 'primeiras vezes'.

Tudo começou logo na chegada ao aeroporto, quando, sem qualquer explicação inicial, me tiraram o passaporte e me mandaram entrar num sala onde estavam mais quatro pessoas (sendo que dois dos homens tinham ar de quem vinham com malas carregadas de pó branco :) ). Passadas 2h de uma espera ansiosa, recebi o meu primeiro documento do governo angolano que dizia "comprovativo de passaporte apreendido" - ou seja era uma semi-clandestina, iniciei a minha jornada sem passaporte. Conselho: não sejam como eu mas como o marroquino que cumprimentou dois policias com um aperto de mão, mãos essas que recheada'mente' se enfiaram nos bolsos - entrada garantida ; )
Contudo mesmo sem passaporte entrei, finalmente cheguei a África, e conquistei um sonho que que parecia ser um utopia. Nestes dias já vi com os meus próprios olhos aquilo que muitos viram em documentários e notícias... e vou vos contar, isto a 'cores' é bem diferente. Como disse uma amiga, "despido de tudo o que acho normal". Contudo, seja por espírito aventureiro, curiosidade ou mesmo loucura, eu estou a adorar.

já andei pelos caminhos de terra, chacinei e fiz amizades com inclinos indesejados cá em casa (bichos), vi os bairro pobres onde quem tem pão é rei, as crianças com barrigas inchadas desnutridas a correr contentes e descalças, o mercado, as estações de serviço, o centro comercial, o modo 5x mais alentejano de trabalhar deste povo, o peixe e carne a ser vendido na beira da estrada, as boleias, os 'autocarros', o calor e afins... com um pouco de paciência irei descrever as minhas aventuras :)

Um beijinho e abraços com saudades.